O laboratório responsável pela fabricação da vacina contra a dengue estabeleceu fornecimento limitado ao Brasil, e vai disponibilizar  apenas 6 milhões de doses de fevereiro a novembro. Como a imunização completa se dá com duas doses, no máximo 3 milhões de brasileiros terão acesso à vacina. Diante dessa realidade, o Ministério da Saúde precisou definir prioridades e optou por imunizar crianças e adolescentes na faixa etária entre 6 e 16 anos.

A senadora Zenaide Maia do PSD do Rio Grande do Norte, que também é médica infectologista, destacou o pioneirismo do Brasil ao oferecer a vacina gratuitamente no sistema público de saúde. Além disso, ressaltou o potencial nacional para a produção da vacina em território brasileiro.

Em suas palavras, a senadora afirmou: "Sabemos que a dengue é uma doença que pode sim levar à morte. Como a ministra Lisa já afirmou que temos dois grandes Laboratórios o Butantan e a Fiocruz com capacidade de produção para fazer a cobertura de toda a população brasileira que precisa dessa vacina, sei da importância da vacina e vejo que essa novidade também ajuda ao país a vencer o negacionismo, que custou muitas vidas."

Dados do Ministério da Saúde revelam que somente em janeiro deste ano, os casos de dengue ultrapassaram a marca de 10.000 em todo o país com estimativas de chegar a 5 milhões de casos nesse ano, devido as chuvas e o aumento da temperatura que criam as condições ideiasi para a reprodução do mosquito vetor da doença. 

A vacina Qdenga, incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) em dezembro de 2023, atua por meio de um vírus atenuado da dengue, gerando respostas imunológicas contra os quatro sorotipos do agente infeccioso. O imunizante teve início de sua aplicação de forma pioneira em Mato Grosso do Sul, uma área considerada de prioridade.