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Brasil apoia ação contra Israel na Corte Internacional de Justiça: polêmicas e números no conflito Israel-Hamas-Palestina
O presidente Lula anunciou seu apoio à ação sul-africana, que busca uma declaração da Corte Internacional de Justiça, acusando Israel de violações durante o conflito contra o Hamas. O embaixador palestino formalizou o pedido de apoio brasileiro durante sua visita ao Palácio do Planalto, alegando "flagrantes violações ao direito internacional humanitário", conforme comunicado do Itamaraty.
A ação protocolada pela África do Sul em dezembro recebeu respaldo de países como Bolívia, Colômbia, Turquia, Malásia, Namíbia, Jordânia, Paquistão e Maldivas, além de nações da Liga Árabe e da Organização para a Cooperação Islâmica. A Conib (Confederação Israelita do Brasil) repudiou o apoio do governo brasileiro, considerando a ação sul-africana uma "inversão da realidade".
André Lajst, presidente-executivo da StandWithUs Brasil, criticou o Brasil, chamando sua posição de "acusação falsa". Ele destacou que Israel busca evitar baixas civis durante conflitos e argumentou que a ação na Corte Internacional de Justiça conta com o "lamentável" apoio brasileiro.
Contudo, ao analisar os números do conflito, são gritantes as divergências nas interpretações. Enquanto Lajst afirma que Israel não comete genocídio, citando medidas para evitar baixas civis, os dados levantados pela BBC News Brasil revelam disparidade significativa nas fatalidades entre os lados envolvidos.
De acordo com a BBC, no primeiro mês de conflitos, foram registradas 10 mil mortes palestinas na Faixa de Gaza, contra 1.400 israelenses mortos. Os números de feridos também diferem, com cerca de 5.400 israelenses e 25,4 mil palestinos feridos em Gaza.
A Confederação Israelita do Brasil ressaltou que o conflito teve início após o "ataque mais mortal contra o povo judeu desde o Holocausto", que resultou na morte de mais de 1.200 israelenses em outubro. Hoje, terroristas mantêm quase 130 reféns em Gaza, incluindo um bebê.
“Israel está apenas se defendendo de um inimigo, ele sim, genocida, que manifesta abertamente seu desejo genocida de exterminar Israel e os judeus”, afirmou a Conib. "É frustrante ver o governo brasileiro apoiar uma ação cínica e perversa como essa, que visa impedir Israel de se defender de seus inimigos genocidas.”
O governo israelense, liderado por Benjamin Netanyahu, busca seguir adiante com seu projeto de "dizimar o Hamas" tendo o povo palestino apenas como "efeito colateral" da sua guerra contra o terrorismo, por isso enfrenta críticas de diversas autoridades e organizações, que veem nessas ações um pretexto para erradicar os palestinos da região. A posição do Brasil, ao apoiar essa iniciativa, levanta debates sobre a imparcialidade do país em questões internacionais, especialmente no contexto do Oriente Médio.
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