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Funcionários da ONU celebram massacre do Hamas em canal do Telegram

Em uma denuncia da UN Watch, organização não governamental que monitora as ações da ONU, expôs trabalhadores da ONU em Gaza usando um canal interno do Telegram para elogiar os massacres do Hamas em 7 de outubro. O canal, destinado a facilitar seu trabalho, inclui mais de 3.000 membros, principalmente professores em Gaza, com dezenas de arquivos contendo nomes de funcionários, números de identificação, horários e materiais educacionais.
Muitos trabalhadores da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA sigla em inglês), responsável por administrar escolas e serviços sociais, são acusados de elogiar explicitamente o ataque do Hamas. O ataque envolveu cerca de 3.000 terroristas cruzando a fronteira para Israel, resultando em aproximadamente 1.200 mortes e 240 reféns, a maioria deles civis. Cerca de 130 pessoas ainda estão em cativeiro.
Hillel Neuer, diretor-executivo da UN Watch, referiu-se ao canal do Telegram como o "núcleo central do incitamento ao terrorismo jihadista dos professores da UNRWA". Exemplos compartilhados por Neuer incluem professores da UNRWA celebrando o massacre do Hamas, elogiando os perpetradores como "heróis" e glorificando a "educação" recebida pelos terroristas. Fotos de israelenses mortos ou capturados teriam sido compartilhadas, acompanhadas de pedidos de execução dos reféns.
Waseem Ula, um professor da UNRWA, supostamente teria compartilhado uma postagem com um colete suicida equipado com explosivos, com a legenda: "Aguarde, filhos do Judaísmo". Outro professor chamado Abdallah Mehjez teria feito uma postagem pedindo explicitamente aos civis que não obedecessem às ordens de evacuação das Forças de Defesa Israelenses (IDF) e permanecessem como escudos humanos do Hamas.
Neuer declarou essas ações como violações graves do Código de Conduta da ONU, pedindo à ONU e aos seus estados-membros que reconheçam que a UNRWA está infestada de incitamento ao terrorismo.
A UN Watch já havia exposto a UNRWA várias vezes em seus relatórios, reunindo evidências e imagens de antissemitismo, incitação à violência e glorificação do terrorismo por parte de seus funcionários. Em novembro, a organização divulgou seu relatório mais recente, intitulado "UNRWA: O Ódio Começa Aqui", também sobre professores da UNRWA que celebraram os massacres do Hamas. Neuer anunciou que um relatório completo sobre o incidente do Telegram será divulgado em breve.
André Lajst, CEO da StandWithUs Brasil, expressou sua decepção, afirmando: "A UNRWA tem um longo histórico de promoção do racismo, preconceito e ódio, consistentemente apontado por iniciativas como a UN Watch. Essa disseminação de mensagens de ódio contra judeus e israelenses tornou-se sistemática na educação palestina, até mesmo nos conteúdos de seus livros didáticos escolares. Se as crianças continuarem a receber uma educação baseada no antissemitismo e antissionismo, é difícil imaginar uma paz duradoura na região a longo prazo".
Quanto às ações da ONU, Lajst destacou o viés histórico da organização contra Israel, intensificado após o atentado terrorista de 7 de outubro. Ele criticou a ONU por não designar o Hamas como grupo terrorista, impor condenações desproporcionais a Israel, enquanto ignora as ações de ditaduras sanguinárias globalmente, e levar três meses para abordar a violência sexual do Hamas contra mulheres israelenses.
O objetivo de Israel na guerra em curso, iniciada em resposta ao atentado do Hamas, é destruir o grupo terrorista, removê-lo do poder em Gaza e libertar os mais de 130 reféns, segundo as forças de defesa israelenses e a mídia. O Times of Israel informou em dezembro que Israel planeja expulsar a UNRWA de Gaza após a guerra, citando um documento confidencial de alto nível do Ministério das Relações Exteriores recomendando um processo de três etapas, incluindo um relatório abrangente sobre a alegada cooperação da UNRWA com o Hamas.
Contrainformações da guerra
Não é de agora que o governo de Benjamin Netanyahu quer expulsar da Faixa de Gaza a UNRWA, onde atua para fornecer serviços de educação e assistência social aos palestinos que fugiram dos conflitos ou foram forçados a abandonar as suas casas, ao ampliar o o estatuto de refugiado a milhões de descendentes de palestinos.
Netanyahu mantem-se determinado a intensificar os conflitos na região com sua ofensiva aérea e terrestre, mesmo após a morte mais de 21,3 mil palestinos, em sua maioria crianças. Nesse contexto não é a primeira vez que informações negativas sobre a UNRWA são divulgadas nas redes sociais. A contrainformação é uma tática muito utilizada em conflitos para desmoralizar o adversário.
A exemplo disso tem o caso do dia17 de novembro de 2012, às 22h16, quando as Forças de Defesa de Israel twittaram de sua conta oficial no Twitter (@IDFSpokesperson) um link para um vídeo hospedado em seu canal oficial no YouTube, apresentando filme de animação que retrata militantes disparando foguetes de uma escola claramente marcada com a insígnia da UNRWA.
Se o caso dos professores da UNRWA utilizando-se do canal interno do Telegram para elogiar o Hamas for verdadeiro ou não, cabe então perguntar, como a UN Watch teve acesso a esse canal restrito? Qual o posicionamento da ONU? Quem irá investigar se verdade ou se não passa de mais um estratagema para enfraquecer as ações de ajuda humanitária ao povo palestino?
Seja como for, a escalada desse conflito a cada dia toma proporções maiores e quem sofre com o conflito são os civis, principalmente as crianças.
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