Intensa explosão solar que ocorreu no final de 2023 poderá ser observada nesta terça-feira (2) em locais específicos do planeta por meio das auroras boreais. Estes fenômenos, mais comuns no norte do planeta, apresentam-se como desenhos luminosos e coloridos no céu, resultantes da interação da radiação emitida pelas explosões solares com a atmosfera terrestre.

No último dia 31 de dezembro, uma poderosa explosão de classe X foi registrada na superfície do Sol. Tais eventos são classificados de acordo com a quantidade de radiação emitida, sendo categorizados como A, B, C, M e X, sendo esta última a mais forte e rara. A última explosão de classe X havia sido registrada em 2017.

De acordo com o astrônomo Adriano Leonês, pós-graduando na Universidade de Brasília (UnB), as explosões solares de classe X ocorrem com mais frequência em intervalos de aproximadamente 11 anos, durante os períodos de máxima atividade solar. Os anos de 2024 e 2025 estão situados dentro deste ciclo de máxima atividade solar.

Leonês também observou que, caso as explosões sejam suficientemente intensas, poderão ser visualizadas fora das regiões polares, onde normalmente esse fenômeno é observado.

Além do espetáculo visual proporcionado pelas auroras, as intensas emissões de radiação solar podem interferir no funcionamento de dispositivos eletrônicos. O pesquisador destacou um caso ocorrido na primeira metade do século 20, quando teleféricos e outros equipamentos elétricos foram afetados.

"No entanto, hoje é mais difícil impactar as redes de comunicações, pois monitoramos essas radiações. A natureza desse fenômeno não permite garantir que não ocorrerão interferências, mas as precauções, como o desligamento de satélites, são tomadas para evitar danos", explicou Leonês.

*Agência Brasil