A saúde bucal, essencial para o bem-estar e a qualidade de vida, enfrenta desafios frequentes, e a abfração dental surge como um fenômeno subestimado, mas potencialmente prejudicial. Este tipo específico de desgaste dentário, ocorrendo devido à mastigação excessiva, pode acarretar consequências sérias para a saúde oral, alerta o especialista.

A abfração dental caracteriza-se pelo desgaste progressivo na região cervical dos dentes, próxima à gengiva, resultado da aplicação excessiva de força durante a mastigação. Ao contrário de cáries ou erosão ácida, a abfração está associada a fatores mecânicos, como má oclusão ou hábitos como bruxismo, conforme explica o Dr. José Todescan Júnior, membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética.

"A mordida desalinhada coloca pressão excessiva em áreas específicas dos dentes, levando ao desgaste progressivo ao longo do tempo. Hábitos como ranger ou apertar os dentes também contribuem significativamente para esse desgaste", alerta o especialista.

As consequências da abfração dental podem incluir sensibilidade dentária e, em estágios avançados, fraturas dentárias. O diagnóstico, geralmente realizado durante exames de rotina, leva a tratamentos que variam conforme a gravidade do desgaste, incluindo restaurações para proteger a área afetada.

A prevenção, segundo Todescan, requer a redução da pressão excessiva durante a mastigação e a minimização de hábitos prejudiciais. "Correção da má oclusão, controle de hábitos parafuncionais e boa higiene bucal são medidas preventivas essenciais", destaca o especialista.

A conscientização sobre a abfração dental é vital para a manutenção da saúde bucal e a prevenção de complicações futuras. O especialista enfatiza a importância de estar ciente dos fatores de risco e adotar medidas preventivas para preservar a integridade dos dentes.