O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou as atualizações mais recentes das populações indígenas e quilombolas com base nos dados do Censo Demográfico 2022. Os resultados mostram um retrato detalhado dessas comunidades e sua distribuição pelo país.

Quilombolas na perspectiva censitária

A população quilombola atinge 1.330.186, um acréscimo de 2.384 em relação à primeira apuração. Correspondendo a 0,66% da população nacional, a maioria reside no Nordeste (906,3 mil). A Bahia destaca-se com a maior população quilombola (397,5 mil), enquanto o Maranhão apresenta a maior proporção em relação à população total (3,97%).

Os quilombolas, distribuídos em 1.700 municípios, têm presença significativa em Senhor do Bonfim (BA), Salvador e Alcântara (MA). Este último se destaca com a maior proporção quilombola em relação à sua população total (84,52%).

Os dados revelam nuances das dinâmicas populacionais e territoriais dessas comunidades, oferecendo uma visão abrangente de sua realidade demográfica.

Indígena em Ascensão

A população indígena totaliza 1.694.836, um aumento de 1.301 em relação à primeira apuração. Representando 0,83% da população brasileira, os indígenas se distribuem de forma desigual pelas regiões. A Amazônia Legal concentra 868,4 mil indígenas, enquanto a região Norte possui a maior proporção em sua população total (4,34%). O Amazonas lidera como o estado com a maior população indígena (490,9 mil).Destaca-se a diversidade de terras indígenas, com a Terra Indígena Yanomami liderando em população, contabilizando 27.178 habitantes. O cenário revela uma ampla dispersão dessas comunidades em 4.833 municípios brasileiros.

*Agência Brasil