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Maior erupção solar desde 2017 afeta telecomunicações nas Américas

Por Redação com Site* 17/12/2023 09h09
Maior erupção solar desde 2017 afeta telecomunicações nas Américas
Imagem de radiação ultravioleta mostra a erupção solar desta quinta-feira (14), a maior registrada desde 2017 | Nasa/SDO/Divulgação

O Observatório de Dinâmica Solar da NASA reportou que, na tarde da última quinta-feira (14), uma colossal erupção solar de categoria X2.8 ocorreu, marcando o evento mais impactante desde 2017. A intensidade da erupção resultou em falhas nas telecomunicações em partes das Américas do Sul, Central e do Norte, devido à emissão massiva de radiação.

As erupções solares são categorizadas de acordo com sua intensidade, variando de classe B (menos intensa) para C, M e X (mais intensa). Cada alteração na classificação representa um aumento de energia de dez vezes, subdividida em números de 1 a 9. A última grande erupção, classificada como X8.2, remonta a setembro de 2017.

Durante tais erupções solares, partículas energéticas são lançadas a velocidades próximas à da luz, atingindo a Terra em aproximadamente oito minutos e aumentando os níveis de radiação. Detectadas pelo satélite da NASA, o GOES, utilizado para estudar o Sol e o clima espacial, essas partículas podem causar distúrbios nas telecomunicações.

Além das partículas energéticas, as erupções solares liberam ejeções de massa coronal (CME, em inglês), nuvens de plasma que demoram de 2 a 3 dias para atingir a Terra. Prevê-se que esta CME resultante da erupção alcance nosso planeta no domingo (17), possivelmente provocando uma tempestade geomagnética.

As regiões mais suscetíveis aos efeitos dessas tempestades solares são os polos, onde o campo magnético terrestre é mais fraco. Apesar da previsão de uma tempestade de nível G1 ou G2, classificações mais baixas na escala NOAA, especialistas destacam que, embora raras, essas tempestades fazem parte do ciclo solar de 11 anos, atingindo o ápice em 2024.

Os cientistas do Centro de Predições do Tempo Espacial, da Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), ainda investigam se as CMEs da explosão solar de quinta-feira (14) estão direcionadas à Terra. Caso afirmativo, os efeitos só serão conhecidos quando atingirem nosso planeta, com possíveis impactos em comunicações de rádio, redes elétricas e satélites. O conhecimento aprimorado sobre as CMEs e o Sol é crucial para antecipar eventos extremos e mitigar seus impactos na sociedade moderna, altamente dependente de satélites e comunicações.

*TNH1

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