No próximo dia 18 de dezembro, das 8h às 10h30, o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor e a ONG Kids Save Lives Brasil unem forças para realizar um treinamento essencial voltado para a capacitação de crianças em primeiros socorros. A atividade, denominada "Treinamento Kids Save Lives Brasil," foca em técnicas de ressuscitação cardíaca e desobstrução de vias aéreas.

O objetivo do evento é claro: capacitar indivíduos a partir dos 4 anos de idade para prestarem assistência imediata a pessoas que tenham sofrido parada cardíaca ou obstrução das vias aéreas, agindo até a chegada do socorro médico.

Dez crianças, previamente selecionadas pela equipe organizadora, terão a oportunidade de participar diretamente do treinamento. Além disso, a iniciativa estará aberta a todas as crianças e adultos que estiverem visitando o Santuário Cristo Redentor no dia 18 e desejem se envolver na atividade.

O treinamento será adaptado de acordo com a faixa etária dos participantes: crianças de 4 a 8 anos aprenderão ressuscitação cardiopulmonar por meio de música e dramatização, incluindo a importância de solicitar ajuda aos serviços de emergência. Já para os participantes de 8 a 12 anos, o treinamento abrangerá técnicas de desobstrução de vias aéreas. Para crianças a partir dos 12 anos, adultos e idosos, o treinamento incluirá também o uso do desfibrilador externo automático.

O projeto Kids Save Lives Brasil, uma extensão do renomado projeto europeu Kids Save Lives, está em operação no Brasil desde 2018, sob a coordenação de uma equipe multidisciplinar da Universidade de São Paulo (USP). Com mais de 12 mil treinamentos realizados em diversos estados brasileiros, o projeto tem como missão ensinar crianças, adolescentes, adultos e idosos a agirem em situações de paradas cardíacas e obstrução de vias aéreas.

A Dra. Naomi Kondo, fisioterapeuta e coordenadora do Kids Save Lives Brasil, destaca a importância do treinamento, evidenciando seu potencial multiplicador. Ela ressalta que menos de 10% das vítimas de parada cardíaca em ambientes extrahospitalares são ressuscitadas por pessoas ao seu redor, e menos de 30% dessas sobrevivem com boa qualidade de vida.

A coordenadora enfatiza que o treinamento já salvou vidas, citando casos de pessoas que, após receberem a capacitação, conseguiram agir de maneira eficaz em situações críticas. Naomi Kondo destaca a necessidade de conscientização e treinamento para todos os cidadãos, uma vez que o primeiro atendimento em casos de parada cardíaca fora do ambiente hospitalar é frequentemente realizado por familiares, amigos ou vizinhos.

"É essencial que todos tenham esse conhecimento e ajam prontamente para evitar mortes e sequelas graves. A conscientização e o treinamento são fundamentais para todo cidadão", afirma a Dra. Naomi Kondo.