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Mayra Aguiar Fora do Pódio: Derrota no Golden Score

Brasileira eliminada antes da final e sem medalhas no judô individual

Por Redação com Agência Brasil 01/08/2024 15h03
Mayra Aguiar Fora do Pódio: Derrota no Golden Score
Foto: Redes sociais

No penúltimo dia das disputas individuais do judô, os brasileiros ficaram sem medalhas, com eliminações precoces. A expectativa era alta para a participação de Mayra Aguiar, uma das maiores judocas do Brasil, com três bronzes olímpicos nas últimas três edições dos Jogos. Após um ciclo olímpico marcado por lesões, Mayra afastou-se das competições, caindo no ranking mundial. Isso resultou em um sorteio difícil, com um duelo de gigantes na abertura da categoria até 78 kg.

Enfrentando a italiana Alice Bellandi, atual número um do mundo, Mayra lutou bravamente. A disputa acirrada foi decidida no golden score, o tempo extra do judô, onde Bellandi aplicou um waza-ari, eliminando a brasileira.

“A derrota é dura. É muito ruim. Dói para caramba, é amarga, é doída, é um saco. Eu não gosto de perder nem brincadeira, imagina um negócio que a gente se doa tanto. Doa saúde, tempo de família, parte mental. É dieta rígida e restrita, treinar todos os dias com dor. Então não é só hoje, é o ciclo olímpico inteiro que é uma luta. E quando acaba assim, dessa forma, é muito ruim. Mas eu sei também que em todas as vezes que doeu muito, seja dentro do tatame ou fora, eu sempre levantei muito forte. Quanto mais dói, mais a gente se fortalece, e talvez eu esteja me apegando nisso agora. A gente aprende muito rápido a renovar as coisas. Seja em uma vitória ou em uma derrota, eu nunca parei muito tempo para comemorar, ou ficar aflita, baixar a cabeça e chorar. Óbvio que a gente tem que fazer isso, deixar sair esse sentimento, mas é uma coisa que sempre levei pra mim. É pegar as coisas boas que passaram e pensar na frente. Pensar no que posso melhorar como atleta e como pessoa”, disse Mayra em depoimento à Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

A judoca também refletiu sobre os limites do corpo e a razão de sua ausência das competições recentes.

“Já passei do meu limite. Já tem um tempo que eu venho mentindo para o meu corpo. Mentindo que está tudo bem. Tenho várias cirurgias e a primeira foi com, sei lá, 16 ou 17 anos. Eu ainda sinto ela, e as próximas. Aprendi a treinar e a lutar assim, mas nos últimos anos vem sendo mais difícil. Não adianta, é um preço que a gente paga. Não dá pra brigar tanto com nosso corpo, temos nossos limites. Mas eu fui até onde consegui, até onde o corpo deixou e não deixou também. Eu tentei, até por isso que fiquei um pouco mais fechadinha. Talvez tenha sido mais difícil por isso. Por brigar com meu corpo mais do que eu estou acostumada a fazer. E não tinha como eu fazer muita competição. Acho que essa foi a maior luta”, completou.

Com 32 anos, Mayra Aguiar possui um currículo impressionante. Além das três medalhas de bronze olímpicas, é tricampeã mundial na categoria 78 kg e acumula um total de oito medalhas em campeonatos mundiais de judô.

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