Economia
Impostos sobre imóveis vão pesar mais no bolso a partir de 2026 com nova regra da Receita
Avaliação baseada no valor de mercado pode aumentar IPTU e imposto sobre herança, afetando principalmente quem tem imóveis em áreas valorizadas
A partir de 2026, a forma como os imóveis são avaliados para cobrança de impostos no Brasil passará por uma mudança significativa, segundo explica o advogado e analista Rob Correa. Embora as alíquotas do IPTU e do ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) permaneçam as mesmas, o cálculo desses tributos passará a ser feito com base no valor real de mercado dos imóveis — e não mais em tabelas desatualizadas.
Na prática, essa alteração pode aumentar de forma considerável o valor dos tributos pagos por proprietários de imóveis em regiões que se valorizaram nos últimos anos ou por famílias que receberem heranças. Rob Correa alerta que muitos brasileiros precisarão reavaliar seus planejamentos financeiros para evitar consequências como a necessidade de vender parte do patrimônio para quitar os impostos.
Nova base de cálculo: o que está por trás da mudança
A transformação foi possível com a criação do Cadastro Imobiliário Brasileiro (CIB), que atribui um identificador único a cada imóvel no país, e do CTER, sistema que conecta dados entre cartórios, prefeituras, estados e a Receita Federal. Com essa integração, os valores dos imóveis poderão ser atualizados em tempo real, com base em transações e avaliações do mercado.
Até então, o valor do IPTU era calculado com base em plantas genéricas e desatualizadas, geralmente inferiores ao valor real de venda de um imóvel. Com a mudança, os tributos serão ajustados de acordo com o preço de mercado, o que deve elevar automaticamente os valores em regiões mais valorizadas.
Moradores de bairros valorizados devem se preparar para IPTU mais alto
Quem vive em centros urbanos ou bairros que passaram por grande valorização deve se preparar para pagar IPTUs mais altos. Antes, a defasagem nas tabelas de avaliação permitia uma cobrança menor. Agora, a correção para o valor de mercado eliminará essa “brecha”.
Essa mudança impacta especialmente a classe média, que costuma ter no imóvel o principal bem acumulado ao longo da vida. A valorização da vizinhança, que antes era sinônimo de ganho patrimonial, pode se tornar uma despesa crescente no orçamento familiar.
Tributação de heranças e doações será mais rigorosa
Outro impacto direto será na cobrança do ITCMD. A prática comum de registrar imóveis com valores inferiores ao de mercado, a fim de pagar menos imposto em heranças ou doações, deixará de ser viável. A Receita passará a usar os valores reais para calcular o tributo.
Isso significa que, por exemplo, em um imóvel avaliado em R$ 1 milhão, o imposto será aplicado sobre esse valor integral. Em alguns casos, herdeiros podem se ver obrigados a vender parte dos bens recebidos apenas para arcar com os custos tributários.
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