Economia
BNDES e o calote bilionário da Venezuela: dívida ultrapassa R$ 8 bilhões
Financiamentos destinados a obras de infraestrutura no país vizinho jamais foram pagos; Brasil arcou com prejuízo via seguro público
O BNDES protagoniza um dos maiores calotes internacionais envolvendo dinheiro público brasileiro. Entre os anos 1998 e 2017, o banco aprovou cerca de R$ 8 bilhões para obras de empresas brasileiras na Venezuela, como metrôs, usinas e pontes. A promessa era simples: apoiar a internacionalização da engenharia nacional e estreitar laços bilaterais. A realidade? A Venezuela não devolveu nenhum centavo.
Esses financiamentos não envolviam repasses diretos ao governo venezuelano. O dinheiro era liberado em reais para empresas brasileiras, que executavam os serviços. O país contratante (no caso, a Venezuela) assumia a responsabilidade de pagar, com juros, em moeda estrangeira. Não pagou.
A inadimplência já dura mais de sete anos. A dívida, oficialmente, permanece ativa: R$ 4,1 bilhões em atraso e R$ 2,3 bilhões a vencer. A conta foi coberta pelo Seguro de Crédito à Exportação, com recursos do Fundo Garantidor de Exportações, que protegeu as empresas nacionais, mas deixou o Brasil com um passivo gigantesco.
O calote que não se apaga Mais de R$ 8 bilhões em financiamentos foram usados para erguer metrôs, pontes e fábricas em território venezuelano com o selo de empresas brasileiras. No entanto, todo esse esforço foi transformado em um gigantesco passivo financeiro. O BNDES cumpriu sua parte ao apoiar as companhias nacionais e assegurar que recebessem pelos serviços. Mas a conta ficou com o Brasil, que até hoje aguarda um pagamento que nunca chegou.
O caso se consolidou como um exemplo de risco político e econômico das operações internacionais de crédito. Para o banco, virou símbolo de como a diplomacia pode abrir portas, mas também deixar cicatrizes profundas quando não há garantias efetivas de retorno.
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