Economia

25% a 30%

Governo eleva imposto de importação para carros elétricos e híbridos

Medida segue o cronograma de aumento gradual estabelecido em 2023

Por Redação com G1 02/07/2025 12h12 - Atualizado em 02/07/2025 12h12
Governo eleva imposto de importação para carros elétricos e híbridos
Carros elétricos vão ficar mais caros - Foto: KIA/Divulgação

A partir desta terça-feira (1º), o governo federal elevou novamente o imposto de importação sobre carros elétricos e híbridos, com alíquotas que agora variam entre 25% e 30%. A medida segue o cronograma de aumento gradual estabelecido em 2023, com o objetivo de favorecer a produção nacional de veículos eletrificados.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), o objetivo é fortalecer a produção nacional de veículos eletrificados, tornando-os mais competitivos frente aos modelos importados.

Com o reajuste, os impostos passaram de 18% para 25% no caso dos carros 100% elétricos, de 25% para 30% nos modelos híbridos convencionais e de 20% para 28% nos híbridos plug-in. A mudança pode impactar diretamente os preços finais dos veículos importados, embora algumas montadoras possam optar por não repassar esse aumento ao consumidor final, dependendo de suas estratégias comerciais.

Um exemplo prático: um híbrido plug-in de R$ 240 mil pode passar a custar R$ 256 mil com o novo imposto. No entanto, fabricantes e concessionárias podem decidir segurar os preços e absorver parte da alta.

A última etapa do aumento está prevista para julho de 2026, quando todos os modelos eletrificados importados passarão a pagar 35% de imposto.

De janeiro a maio de 2025, o Brasil importou 186.181 veículos, segundo a Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa). Quase metade (49,8%) eram modelos eletrificados — 92.743 unidades.

Esse número representa 9,98% do total de veículos vendidos no país no mesmo período, de acordo com a Fenabrave. Em relação ao ano passado, o crescimento das importações foi de 19,3%.

Com o aumento das alíquotas, fabricantes estrangeiras estão acelerando projetos de nacionalização. A BYD e a GWM, por exemplo, já possuem fábricas no Brasil e juntas respondem por 55,9% do mercado de veículos eletrificados, segundo a ABVE.

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