O tomate e a cebola estão cada vez mais caros e impactam o orçamento dos consumidores, é o que aponta a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que no seu 5º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) divulgou que o aumento na quantidade de tomate enviada aos atacados em abril não foi suficiente para reduzir os preços. A produção está em entressafra, e a safra de verão ainda não foi compensada pela de inverno.

A cebola, com alta de preços desde outubro do ano passado, exceto em janeiro, também enfrenta desafios. O fim da safra em Santa Catarina, tornou o abastecimento dependente de Goiás, Minas Gerais e Bahia. “No início deste mês, a média dos preços nas Ceasas está acima da praticada em abril”, informou a Conab, destacando que pode estar começando um período de entressafra do tubérculo.

Verduras e frutas em queda

Nem todas as notícias são de alta de preços. O boletim da Conab revelou que o preço da batata caiu pelo segundo mês consecutivo, mesmo com menor oferta no mercado. A banana também está mais barata, com a expectativa de uma boa safra em junho, o que deve reduzir ainda mais as cotações tanto para a variedade prata quanto para a nanica.

A redução nos preços da laranja e da melancia está relacionada à queda na demanda durante os dias frios, que pressionam as cotações para baixo. “Já as demais frutas e hortaliças analisadas no Boletim Prohort ficaram mais caras no último mês. No caso da alface, as chuvas registradas nas regiões produtoras até o meio do mês passado impactaram a oferta e elevaram os preços. Para a cenoura, a alta interrompe dois meses de queda nas cotações praticadas. Com o menor envio da raiz a partir de Minas Gerais, ocorre a natural pressão de demanda sobre produções de outros estados”, informou a Conab.