A produção industrial brasileira registrou um crescimento de 0,9% em março deste ano em comparação com fevereiro, segundo dados da Produção Industrial Mensal (PIM) divulgados nesta sexta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em fevereiro, a indústria havia crescido 0,1%. No entanto, o crescimento nos últimos dois meses não foi suficiente para recuperar a perda de 1,1% no setor registrada em janeiro.

Na comparação com março de 2023, houve uma queda de 2,8%. No acumulado do ano, a produção industrial teve um aumento de 1,9%, enquanto nos últimos 12 meses o crescimento foi de 0,7%.

A indústria está atualmente 0,4% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas ainda 16,3% abaixo do ponto mais alto da série histórica, observado em maio de 2011.

Apesar do crescimento de março, apenas cinco das 25 atividades industriais analisadas apresentaram alta, com destaque para o setor de alimentos, que cresceu 1%, principalmente devido à produção de carne e açúcar.

Os setores de produtos têxteis (4,5%), impressão e reprodução de gravações (8,2%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (0,5%) e indústrias extrativas (0,2%) também registraram alta.

Entre as 20 atividades industriais em queda, as mais significativas foram os segmentos de veículos automotores (-6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-13,3%) e produtos químicos (-2%).

Na análise das quatro grandes categorias econômicas da indústria, houve crescimento nos bens intermediários (1,2%) e nos bens de consumo semi e não duráveis (0,9%). No entanto, houve queda nos bens de consumo duráveis (-4,2%) e nos bens de capital, ou seja, máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (-2,8%).