Os entusiastas do Bitcoin esperavam ansiosos pelo "halving" do bitcoin, evento programado para acontecer na madrugada de sábado (GMT). O evento, que ocorre aproximadamente a cada quatro anos, reduz a taxa na qual novos bitcoins são criados, uma medida escrita no código do Bitcoin pelo criador pseudônimo Satoshi Nakamoto para limitar a oferta total a 21 milhões de tokens.

Chris Gannatti, chefe global de pesquisa da gestora de ativos WisdomTree, chamou o halving de "um dos maiores eventos em criptografia deste ano." A redução pela metade das recompensas que os mineradores recebem pela criação de novos bitcoins torna a mineração mais cara e, consequentemente, coloca menos tokens em circulação.

O recente aumento no preço do bitcoin, atingindo um máximo histórico de US$ 73.803,25 em março, é motivo de entusiasmo para muitos. No entanto, há opiniões divergentes sobre os efeitos do halving. Enquanto alguns acreditam que o evento destacará a escassez e valor do bitcoin, outros consideram isso uma estratégia de especulação.

Os halvings anteriores, em 2012, 2016 e 2020, foram seguidos por altas nos preços, o que alimenta as expectativas de alguns sobre um aumento de valor após este halving. No entanto, analistas do JP Morgan afirmam que o evento já foi precificado, prevendo até mesmo uma queda nos preços.

Reguladores financeiros continuam alertando sobre o alto risco associado ao bitcoin, que tem usos limitados no mundo real. Enquanto isso, o analista de criptografia da S&P Global, Andrew O'Neill, adverte que o halving é apenas um dos vários fatores que influenciam o preço do bitcoin.

Desde o máximo histórico de março, o bitcoin enfrentou desafios para se manter estável, especialmente diante de tensões geopolíticas e incertezas nas taxas de juros dos bancos centrais em mercados globais agitados.