Economia
Alagoas faz parte de área com alto potencial agrícola
Pesquisa indica boas perspectivas para a cultura do milho na Região territorial denominada de Sealba, termo formado pela junção das siglas dos estados de Sergipe, Alagoas e Bahia

Dentre as regiões de produção agrícola do Nordeste do Brasil, uma região formada por um conjunto contínuo e interligado de municípios dos estados de Sergipe, Alagoas e Nordeste da Bahia foi identificada por técnicos da Embrapa Tabuleiros Costeiros como sendo de alto potencial agrícola, todavia ainda pouco explorado. Essa nova organização territorial foi denominada de Sealba, termo formado pela junção das siglas dos estados de Sergipe, Alagoas e Bahia.
Essa região é formada por 171 municípios, sendo 69 municípios localizados em Sergipe, 74 em Alagoas e 28 no nordeste da Bahia. Em termos de área, 33,2% do Sealba se encontram no estado de Sergipe (1.707.815 ha), 36,1% em Alagoas (1.859.438 ha) e 30,7% na Bahia (1.581.688 ha), totalizando 5.148.941 ha (IBGE, 2015).
O principal critério para delimitar essa região agrícola teve como princípio a ocorrência de chuvas em volumes superiores a 450 mm, no período de abril a setembro, em pelo menos 50% da área total no município. Esse volume de precipitação pluvial é suficiente para o cultivo de diversas culturas de grãos, ou seja, o componente de produção de grãos foi identificado como de alto potencial para a expansão agrícola do Sealba.
Pesquisa realizada pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) indica boas perspectivas para a cultura do milho para a Região Nordeste. Na safra 2021/2022, a produção regional do milho deve alcançar 11 mil toneladas, o que representa crescimento de 25% em relação ao período anterior. Bahia, Maranhão e Piauí encabeçam o ranking de produção do milho na Região, figurando também entre os 10 maiores produtores do grão no País.
Além do aumento da produção, há previsão de expansão de 14% da área de cultivo, conforme dados de agosto desse ano da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A tendência de preços é semelhante à nacional, pela demanda aquecida. “O comércio (nacional e regional) não foi afetado pela pandemia ou pela guerra na Ucrânia, sendo amplamente superavitário e influenciado apenas pela sazonalidade. O elevado grau de profissionalização e de inovação tecnológica na produção empresarial, com modo intensivo, permite produzir a um custo competitivo. Além disso, a capacidade dos produtores, o desenvolvimento de cultivares adaptados à Região e ao clima, o apoio financeiro de instituições como o BNB e as precipitações geralmente regulares, fazem com que o milho se destaque no agronegócio do Nordeste.
O estudo destaca que há duas áreas de expansão agrícola de grãos, principalmente empresarial: o Matopiba (confluência predominante de cerrado dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, mais antiga) e o Sealba (confluência de municípios do leste de Sergipe e de Alagoas com o nordeste baiano, mais recente), que colocam Bahia, Maranhão e Piauí como maiores produtores nordestinos e oitavo, nono e décimo nacionais, respectivamente. Deste grupo, o Maranhão teve a maior expansão em área (20,1%) e o Piauí, em produção (32,7%) e produtividade (18,8%).
WhatsApp
Receba notícias do Em Tempo Notícias no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar a nossa comunidade:
https://chat.whatsapp.com/K8GQKWpW3KDKK8i88MtzsuComentários
Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Em tempo Notícias ou de seus colaboradores.
últimas
-
Seguem foragidos
Dois homens são suspeitos de assassina mulher dentro de casa em Penedo
-
Fim de semana agitado
Após perseguição, motorista embriagado é preso na Jatiúca
-
Pioneira
Arapiraca é a primeira de Alagoas a ter escolas municipais na plataforma global World Oschools
-
Submetidas a trabalho forçado
Adolescentes mantidas em cárcere privado são resgatadas em Marechal Deodoro
-
Trama golpista
Bolsonaro e mais sete sentam hoje no banco de réus do plano de golpe