Wadson Regis

* Este texto não reflete necessariamente a opinião do Em Tempo Notícias

O jogo, agora, é o domínio dos partidos políticos

12/07/2025 16h04
O jogo, agora, é o domínio dos partidos políticos
Wadson Regis - Foto: Reprodução

Primeiro Time (por ordem alfabética)



Arthur Lira

JHC

Marcelo Victor

Paulo Dantas

Renan Calheiros

Renan Filho





Segundo Time (por ordem alfabética)

Alfredo Gaspar

Davi Filho

Luciano Barbosa

Marcelo Beltrão



Esta é minha opinião.

Primeiro, é crucial deixar claro que, na primeira (de muitas) batalha só há um vencedor. E ele é João Caldas da Silva, que por aqui é zoado com adjetivos diversos, mas pelas bandas de Brasília, no Sul, Sudeste e Centro Oeste, tem outro tamanho. A Ministra Marluce Caldas é um projeto pessoal – vitorioso - de João Caldas. E, até o final da segunda batalha, já em andamento, é João o único vitorioso. A partir de agora, o desafio é agrupar e cancelar os personagens protagonistas, que terão pesos e medidas diferentes dos 26 deputados estaduais, 7 federais, 100 prefeitos, 102 vice-prefeitos e 1.053 vereadores eleitos em 2024. (a conta está certa – não se confunda)

Na cabeça de muita gente, fruto das adivinhações de analfabetos políticos, travestidos de analistas e marqueteiros, há um “acordão” pré-definido para as eleições de 2026. É preciso deixar claro que existem acordos, como o de JHC com Arthur Lira. Independente do prefeito de Maceió disputar a eleição, o combinado é que Arthur será um dos senadores apoiados por JHC. A segunda vaga é fruto de outro acordo. Da mesma forma, o acordo no grupo governista, onde o governador Paulo Dantas e Marcelo Victor não abrem mão da candidatura de Renan Filho ao Governo e do apoio a Renan Calheiros para o Senado. O apoio ao outro senador – está definido – será o que somar mais para o grupo. Neste lado só haverá mudança caso Renan Filho não dispute o Governo. Se assim for, mudam o candidato ao Governo e o segundo nome do grupo, na dobradinha com Renan. É aí onde cabe a entrada de Paulo Dantas (o governador ficará no cargo até o último dia, caso Renan Filho seja candidato. É o que está combinado).

Esses dois parágrafos acima justificam os protagonistas do Primeiro Time. Será a partir das definições de JHC e Renan Filho que o sistema vai funcionar. Por exemplo: Se JHC e Renan Filho não forem candidatos ao Governo (hipótese bem possível), Alfredo Gaspar já alinhou com alguns aliados que topa ser o candidato de Arthur Lira. E também diz que, caso JHC seja candidato ao Senado e Renan Filho não dispute o Governo, dependendo do entendimento com Arthur, eles podem fazer a dobradinha para o Senado, com Alfredo ao Governo. E tem mais: Davi Filho é o azarão que não tem nada a perder e assusta como opção.

Por outro lado, os conflitos e as novas alianças tornaram Luciano Barbosa num protagonista. Comandando uma revolução engenhosa em Arapiraca, o plano A do prefeito arapiraquense é reeleger Daniel Barbosa, na Câmara Federal, e eleger Lucas Barbosa, na Assembleia Legislativa. O Plano AB é ser escalado pelos grupos “rivais” como opção para o Governo, o que atenderia a Arthur Lira e Renan. Com isso, a outra vaga ao Senado continua aberta, com Alfredo e Paulo em lados opostos. Esta mesma equação é pensada e trabalhada para Marcelo Beltrão. Assim como Luciano Barbosa, o prefeito de Coruripe e presidente da Associação dos Municípios Alagoanos goza da credibilidade dos grupos “rivais”.

Por fim... sendo bem superficial (por enquanto) é preciso deixar claro que Renan necessita ter Arthur Lira candidato ao Senado, para fechar a equação matemática de terem, juntos, 101 prefeitos pedindo votos para ambos. Se JHC descumprir o combinado com Arthur, estará dando ao ex-presidente da Câmara Federal o trunfo crucial: o discurso de traído (em Alagoas apenas Arthur tem votos da esquerda e direita – detalhe a ser observado).

É um texto longo, eu sei, mas essa série tem episódios assustadores e nesta segunda temporada o foco é ter a segurança (domínio) do partido. Cícero Almeida e Ronaldo Lessa, no auge, sabem muito bem o que é não ter a segurança partidária. E neste cenário só quem tem e terá, sem medo de errar, até o final, serão Arthur Lira e Renan Calheiros. As candidaturas proporcionais seguem numa outra via (duplicada – se é que me endente).

Cuidado com os adivinhadores de plantão (eles plantam muita tempestade e as barragens que temos estão ameaçadas).

ATENÇÃO! Esta é minha opinião. Não trabalho com previsão ou adivinhação.