O homem da ladeira
Desce a ladeira o homem sorrindo, como quem dança com o peso do mundo em leveza de abraço gentil.
A cada vizinho um gesto amplo, um aceno, um riso, como quem descobre o velho amigo na surpresa de um primeiro olhar.
As senhoras dobradas no ofício das águas, lavando o dia antes que ele desperte, recebem seu chapéu em reverência, um toque, uma inclinação da cabeça, e se fazem rainhas no reinado da rua.
Descer a ladeira não é descer a vida, mas tocá-la naquilo que é raiz.
É dizer à pedra, ao barro, ao chão:
"Sou teu filho, teu morador, teu irmão."
Descendo, não desço sozinho;
trago a vida que me espera nas esquinas.
E na curva final do declive, quando os pés alcançam o plano do dia, ele já não é homem, mas história, um traço do eterno no instante fugaz, um nó que liga o tempo ao coração da cidade.
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