A movimentação à direita e no entorno do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), tem sido intensa com o objetivo de garantir ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a sonhada anistia pelo envolvimento com os atos golpistas no País, incluindo o 8 de janeiro.

Lira é cobrado para pautar o projeto de lei que trata da anistia. E a cobrança se dá no momento em que o presidente da Câmara também se movimenta para fazer seu sucessor no comando do parlamento.

O projeto da anistia aos golpistas está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida pela deputada da extrema direita catarinense, Caroline de Toni (PL).

A pressão para votação ainda este ano, com o comando de Arthur Lira, faz parte da estratégia para a matéria avançar, uma vez que no próximo ano a CCJ deverá ser presidida por um parlamentar do MDB. Além disso, o comando da Câmara poderá ser outro, dependendo de quem seja eleito.

Lira mexe as pedras do tabuleiro da Câmara para garantir a eleição de Hugo Mota (Republicanos-PB), como seu sucessor.

Para atrair votos do PL na sucessão da mesa diretora, Lira já liberou Mota, seu candidato, para conversar sobre o tema com os bolsonaristas. Mas, sabe também que se essa pauta andar vai desagradar em cheio os petistas e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Enfim, que esse jogo não traga ao País o ambiente sinistro.