A geração financeira do Covid acabou. Agora chegarão os boletos
“Nunca na história desse país”, Lula da Silva.
A pandemia mudou a rotina e o rumo da política brasileira. Sem entrar na questão do que foi Bolsonaro no período da pandemia, de uma coisa os prefeitos não podem reclamar: “Nunca na história desse país os governadores e gestores municipais receberam tantos recursos federais”. Deputados federais e senadores promovem a maior farra de todos os tempos com as emendas (via Pix, Whatsapp, E-mail, etc e tal). Uma farra com dinheiro público que impulsionou as administrações nos estados e municípios.
Só que a conta já começa a chegar. Paulo Dantas e os prefeitos eleitos – ainda mais sem Arthur Lira na presidência da Câmara e Renan no baixo clero nacional, precisarão de planejamento para evitar uma crise econômica no Estado.
Segue um exemplo que presenciei em Delmiro Gouveia, quando Renan Filho era governador e estava entregando o Hospital Regional do Sertão (com serviços parciais). Numa roda de prefeitos, Júlio Cezar (de Palmeira dos Índios) tirou uma onda com Renato Filho (do Pilar e que estava em pré-campanha para o governo, em 2022).
“Olha aí o prefeito Renatinho. O cara tá transformando o Pilar. Também!!! Com o dinheiro que o Pilar recebe, aí fica fácil” – disse Júlio.
“Fácil uma porra! Dinheiro sempre teve. E por que nunca fizeram”? – retrucou na hora, o prefeito Pilarense.
Conto essa passagem porque vi e ouvi os dois lados. Júlio se rendeu a resposta do colega e ainda o visitou depois, no Pilar.
A moral da história é que: com dinheiro em caixa os que tem planejamento e determinação de fazer, fazem. Complicado é ser prefeito de Jundiá, da Pindoba, Branquinha, Santana do Mundaú, que sobrevivem historicamente dos repasses do FPM.
Alagoas deu um salto positivo e avançou no IDH, virou exemplo na educação pública e construção de hospitais na rede estadual e até no primeiro hospital público municipal de Maceió.
Lembre dos efeitos da BRK, Verde Alagoas e Águas do Sertão. A conta já foi paga. O Governo de Alagoas já construiu 2/3 das creches, CISPs, Minha Cidade linda, com pavimentação de ruas. Ou seja: não haverá mais o impulso do governo nas prefeituras
A partir de janeiro sobreviverão os que optarem pela meritocracia da administração (esse é o gargalo da política de coalizão, com modelo da gestão legislativa (nos municípios)
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