Alagoas está mudando. Temos que levar a sério
Ronaldo Lessa, um dia, será lembrado como um dos políticos mais importantes para os alagoanos. Foi um governo de planejamento estratégico, em defesa das minorias, fortalecimento da economia e do turismo. Teotonio Vilela Filho, com outro foco, avançou com duplicação de estradas e proximidade com os municípios. Renan Filho soube aproveitar as oportunidades garantidas pelo pai (então todo poderoso) e fez um governo desruptor. Agora é a vez de Paulo Dantas e ele, pelos indicadores, está dando conta do recado.
Mas, se o acúmulo de pontos positivos garantisse mandatos subsequentes todos fariam a sua parte, numa disputa que o povo sairia (sempre) ganhando. Mas essa não é a realidade que vemos na política de Alagoas. Aqui todos se aproveitam do poder e mostram quem são, como pensam e o que desejam com as benesses do sistema.
Sobre sucessão, por exemplo, somos comandados (politicamente falando) por descendentes, queiramos ou não, eleitos pelo voto popular. O sistema também favorece esse jogo.
O que não parece tão justo, mas o mecanismo também permite, é que os governantes e líderes com bala na agulha presenteiem pais, mães, esposas, irmãos, com cargos vitalícios, no serviço público. É aí onde se separa o joio do trigo.
Como exemplos simples, porque a lista é interminável:
Ronaldo Lessa, quando governador, colocou o irmão no Tribunal de Contas;
Celso Luiz, como presidente da ALE, colocou a esposa no Tribunal de Contas;
Antonio Albuquerque, como presidente da ALE, colocou a irmã no Tribunal de Contas;
Renan Filho, como governador, colocou a esposa no Tribunal de Contas.
Daí, quando o JHC quer colocar a mãe no Senado (para um mandato de dois anos) a turma do mimimi começa a espernear. Vale lembrar que Alagoas elegeu Renan Filho para o Senado, mas o mandato pertence ao empresário Fernando Farias. Ou seja: é legítimo que Eudócia Caldas e Fernando Farias exerçam os respectivos mandatos. Assim como é legítimo, aos olhos da lei, que os indicados ocupem seus cargos no TCE e outros.
A pauta política da oposição, para a sucessão de Maceió, não é compatível com a importância dos atores envolvidos na disputa.
A política precisa ser levada a sério. Paulo e JHC têm aprovação significativa e resultados que lhes garantem o protagonismo do momento.
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