A hortaliça e a jaqueira (na política)
A próxima semana chegará com o calor eleitoral dando as caras. Não significa dizer que o céu estará aberto para todos. No ramo político a nuvem muda muito rápido, fazendo a bússola e a biruta castigarem os viajantes que buscam o ouro através das urnas.
A campanha ainda não começou. As articulações, sim (em tempo integral). Política é estratégia. É neste item que se separa o joio do trigo. O tempo pode ser moderno (para os dias atuais), mas a expertise (analógica) é que faz a diferença. Assim, nos tempos modernos a boa para as próximas eleições é a exibição da imagem. Só que a política não para e 2026 é bem ali (com um novo modelo de ação – qual?).
Não sei se você vai compreender, mas a colheita de um pé de alface leva em torno de 30 dias. A jaqueira, 7 anos. A lógica é a seguinte: na hortaliça o faminto pensa no daqui a poucos dias e a fruteira você precisa esperar. Os plantadores de hortaliça agem com os encantamentos da velocidade dos tempos modernos, onde a imagem parece ser tudo. Só que na hortaliça política a nuvem não garante que a próxima plantação gere os mesmos resultados. A jaqueira está lá. Durante anos serve, apenas, como sombra, mas tem vida longa (mesmo com a intempérie do tempo).
Pare um pouco, quando tiver tempo, e faça uma analogia de quantos plantadores de hortaliças (malsucedidos) você já viu na política de Alagoas. Perceba que os plantadores de jaqueira vivem e sobrevivem muito mais tempo. Essa é a diferença para a prosperidade política.
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