Opções para todos os gostos e gastos no Reinado de Momo
Findo o Carnaval em 2024 são muitos os temas a exigir comentários. Aqui vão umas linhas gerais, e voltaremos à essa pauta nos próximos dias.
Uma primeira questão a destacar é a consolidação e ampliação permanente do espaço privilegiado de negócios, trabalho e renda que caracteriza o Carnaval brasileiro, que há muitas décadas deixou de ser manifestação exclusivamente foliã e/ou cultural. Pernambuco, só para citar um exemplo de polo historicamente carnavalesco, oferece desde 2008 um excelente Festival de Jazz em Garanhuns, como alternativa ao frevo de Olinda/Recife, buscando atender a todos os públicos sem perder público para outros Estados num feriadão nacional tão importante.
ALTERNATIVAS VARIADAS
Com o pré-Carnaval antecipando a folia e os negócios em muitos dias, esse precioso espaço de tempo precisa ser trabalhado adequada e ousadamente. Nessa agenda há de se contemplar tanto as prévias, que se projetam como espaço mais cultural, quanto o “período oficial” em seus formatos próprios.
Mas, desde quando a folia se consolidou em ponto A, muita gente passou a procurar um ponto B para aproveitar o feriadão longe da agitação momesca; ambos os pontos sempre foram e continuam a ser ótimas opções para investimentos, pois os empreendimentos mais variados só fazem crescer a cada ano.
COM CARNAVAL
No caso alagoano, no período oficial, o Carnaval de rua botava quente em Maceió, em pontos específicos como a Praça Moleque Namorador, na Ponta Grossa, “O Quartel-General do Frevo”. No finado bairro de Bebedouro, a Praça Lucena Maranhão era outro logradouro a fervilhar com gosto, e a Rua do Comércio era nossa Sapucaí. Cidades como Marechal Deodoro, apoiadas em sua sólida base musical, seguem praticam animado Carnaval de Rua como nos velhos tempos.
Maceió se destaca nas prévias, com momentos como o Jaraguá Folia e blocos como “A Turma do Rei”, “Pecinhas”, “Pinto da Madrugada”, “Filhinhos da Mamãe” e outras tantas agremiações pré-carnavalescas. As prévias foram resgatadas no passado recente, a partir de 1986, independente de investimentos públicos, através dos saudosos blocos “Meninos da Albânia”, “Pó de Giz”, “Filhos da Pauta”, “Gela Goela”, “Turma do Caveira” ...
Em Maceió foi se consolidando o pré-Carnaval, cujo ponto alto, até os anos 70, era o “Banho-de-mar-à-fantasia”, folia animadíssima no domingo anterior ao domingo de Carnaval. Mas, no “tríduo momesco”, como dantes, os principais efetivos das tropas foliãs descolam da Capital alagoana e se deslocam para Recife/Olinda, Salvador ou Rio de Janeiro, só retornando depois das cinzas.
SEM CARNAVAL
Tal opção, não-foliã, no Brasil carnavalesco, nunca foi novidade. Em verdade, a oferta de locais não-carnavalescos, mesmo com carga publicitária muito inferior ou inexistente, sempre superou o disponibilizado pelos badalados polos da folia.
Dentre as sugestões profissionais mais prestigiadas feitas para o Carnaval 2024, o site www.hoteis.compublicou sua lista dos “Cinco melhores lugares para descansar” com São Miguel dos Milagres no primeiro lugar, enquanto a CNN encabeçou sua matéria “Confira os 12 destinos para ter um Carnaval sossegado” indicando a Praia do Patacho como a melhor opção em todo Brasil.
Vários outros sites elencaram dezenas de endereços distintos, e até sem citar pontos alagoanos, nem repetir indicações de outras reportagens. Isto indica a enorme variedade de excelentes alternativas não-foliãs em todo Brasil, todas rentáveis para quem investe e acessíveis para quem consome.
APOSTAR NA DIVERSIDADE
Em resumo, o feriadão carnavalesco é momento para bons negócios, lazer, cultura, emprego e renda em todos os lugares. Alagoas se destaca especialmente no quesito “Carnaval sem Carnaval”, mas é muito importante não se esquecer de manter viva a chama da folia e das manifestações da cultura e das artes popular nas prévias e no período oficial, bastando planejar e racionalizar esses investimentos, e, obviamente, não cometendo estupidezes como jogar fora, nos carnavais alheios, algo como oito milhões de reais – aí não é massa mesmo!
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