Eduardo Suplicy é diagnosticado com Parkinson e faz tratamento com canabidiol
Deputado estadual sente menos dores e vê melhora em relação aos tremores; doença está entre as mais atendidas pelo tratamento de cannabis medicinal no Brasil
Em entrevista à coluna da Mônica Bergamo no jornal Folha de São Paulo, Eduardo Suplicy revelou que faz uso de cannabis medicinal após ser diagnosticado com Parkinson. Segundo o deputado estadual, a doença está em estágio inicial e apresenta sintomas leves, como tremores na hora de segurar o talher e algumas dores musculares. “A medicação tem feito muito bem”, conta Suplicy: "a dor na perna sumiu, o tremor, na hora de comer, melhorou, e tenho caminhado com firmeza", diz.
A doença de Parkinson está entre as condições médicas mais atendidas pelo tratamento de cannabis medicinal no Brasil — a patologia é a sexta com mais prescrições, com 5,2% do total, atrás apenas de dores crônicas, ansiedade, Alzheimer, depressão e Transtorno do Espectro Autista (TEA), conforme relatório publicado anualmente pela Kaya Mind. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 1% da população mundial sofrem com o problema e, só no Brasil, estima-se que 200 mil pessoas tenham recebido o diagnóstico.
O distúrbio, marcado pela degeneração progressiva dos neurônios produtores do neurotransmissor dopamina, afeta funções importantes do corpo, como a memória, o movimento em em estágios mais avançados, pode causar dor, fortes tremores e outros sintomas como ansiedade e depressão. A condição é crônica e não tem cura. “O que existe são tratamentos capazes de controlar os sintomas, geralmente com aplicação de medicamentos que ‘imitam’ ou aumentam a dopamina. É o caso do canabidiol (CBD), um dos compostos químicos encontrados na cannabis”, explica a Dra. Mariana Maciel, médica especialista em medicina canabinoide e CEO da biofarmacêutica Thronus Medical.
Para a especialista, o canabidiol é uma alternativa saudável e natural aos medicamentos tradicionais. É capaz de aumentar a transmissão de dopamina para o cérebro e, assim, “melhorar a mobilidade, os tremores, a comunicação e o humor dos pacientes, diminuindo, assim, os sintomas debilitantes do Parkinson".
Importação
O deputado estadual revelou ainda que, no começo do ano, importou um vidro de Cannabis industrializada para poder iniciar o seu tratamento e, atualmente, toma cinco gotas do medicamento no café da manhã, cinco gotas à tarde e outras cinco no período noturno. Segundo dados da Anvisa, foram 79.995 novos pacientes autorizados a importar o medicamento em 2022, quase o dobro do ano anterior. Vale lembrar que a compra e a utilização desses produtos só podem ser feitas sob prescrição médica e a dosagem e as demais orientações devem ser determinadas pelo médico prescritor.
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