Despedidas e permanências: o sentido da vida
Aprender com as vidas idas é essencial para quem, por enquanto, vai ficando. Essa é uma máxima desde há tempos imemoriais, mas sempre é necessário lembrar para que a cisma de “falar de gente morta” não imponha a lei do silêncio.
Pessoas muito queridas, várias, alertam: “cuidado pra coluna não virar um obituário”, “morte é tema triste”. É atenção e carinho. Buscam afugentar a tristeza que emana das linhas que lembrem a ausência de gente amada.
Triste verdade. Mas como aprender, como valorizar, como respeitar o trabalho dessa gente maravilhosa que já se foi, se não escrevermos sobre? A obra não pode ser sepultada junto com o autor, a autora.
Me perdoe a tristeza, mas é indispensável que se escreva mais sobre Zé Lessa, Beto Normande, Zelito Lages, Plínio Lins – só para citar quatro personalidades individuais que contribuíram de forma expressiva para o patrimônio coletivo.
Algo foi registrado, aqui e ali, com boas informações sobre essas quatro pessoas. É verdade. Mas foi escrito menos que o mínimo necessário. O bom seria um livro para cada um, sem a pressa de ser finalizado até o sétimo dia.
Enquanto as biografias não se arrumam como edições consubstanciadas, jornais, sites, blogs e outros formatos comunicadores devem cumprir seu papel e publicar trechos de memórias, parágrafos de lembranças, imagens.
Num segundo momento, esses fragmentos de recordação serão ainda mais valiosos para o trabalho de alinhavar, de costurar retalhos de vidas idas numa obra mais arrumada e densa, como ensaio, livro, podcast ou filme.
Como ficará assinalado o bem que Zelito Lages fez na salvaguarda do patrimônio da Fundação Pierre Chalita? E as obras do Beto como artista plástico e como arquiteto? E o acervo forrozeiro do Zé Lessa? E tudo que Plínio fez na imprensa alagoana?
Apresentando essas justificativas, este pedaço de página informa que, sem data precisa, publicará sobre a vida e a obra de pessoas que, ao encerrarem suas jornadas, tenham deixado legados merecedores de destaque.
Não é celebração da morte. É a continuação da vida nas contribuições, exemplos, ensinamentos das vidas que se foram, e que merecem ficar como patrimônio da memória de uma comunidade, de uma cidade, de um estado, de uma Nação.
HOJE NA HISTÓRIA

15 de agosto de 1969 – Tem início o Festiva de Woodstock, considerado o ápice da contracultura americana e do amplo movimento contestatório refletido pelo chamado movimento hippie. A festa de música, paz e amor sacudiria o mundo inteiro.
Convocado como um festival alternativo, o Woodstock Music & Art Fair foi realizado, do dia 15 ao dia 18, numa fazenda de gado, no meio de uma região rural do estado de Nova Iorque cuja vila mais próxima, Woodstock, estava situada a 70 km. Infraestrutura perto do zero, a não ser nos palcos montados com eficientes sistemas de som. No mais, tudo (em termos de ideias, sexo, drogas e rock) aconteceu no meio do nada.
Diz a Wikipédia: “32 dos mais conhecidos músicos da época apresentaram-se durante um fim de semana por vezes chuvoso, para 400 mil espectadores. Apesar de tentativas posteriores de emular o festival, o evento original provou ser único e lendário”.
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