Fervilha Maceió com as prévias carnavalescas
Chegou o Pré-Carnaval, em Maceió o período carnavalesco historicamente mais animado. Nesta sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023, o bloco Filhinhos da Mamãe festeja seus 40 pré-carnavais, num marco importante e emblemático.
Esta sexta-feira pré-carnavalesca exibe igualmente uma recheada programação no Jaraguá Folia, evento que conta com 22 anos de prévias no lombo, e que sacode o velho bairro com a mais rica coleção de blocos populares de Alagoas.
Amanhã, sábado, é a vez do Pinto da Madrugada puxar multidões à avenida, beirando as praias de Pajuçara e Ponta Verde. Até antes da pandemia, o sabadão pré-carnavalesco tinha também os desfiles da Turma da Rolinha e das Pecinhas.
Domingo se anuncia como passarela para o Vulcão, bloco da Polícia Militar, que exibe vetustos 87 anos de folia nas ruas. Desfilam também outras agremiações mais jovens, como “Turma da Esquina”, “Porteiros e Zeladoras”, “FutBarca” e “Rasgando Couro”.
Tradição alagoana, muito forte em Maceió, a concentração de forças no período anterior ao Carnaval tem origem no hábito da classe média mais foliã, e mais aquinhoada, migrar em massa para as metrópoles carnavalescas no dito “tríduo momesco”.
Tendência desde os primórdios, o poder de atração carnavalesca dos polos Recife/Olinda e Rio de Janeiro sugavam as pessoas que eram as principais patrocinadoras da folia alagoana. Com o surgimento do polo soteropolitano, a fuga radicalizou.
Os blocos de rua, de frevo a pé, e as troças, foram minguando nas ruas, embora resistissem durante longo tempo no Banho de Mar à Fantasia. Os clubes foram concentrando a agenda em área fechada no período carnavalesco.
No meio dos anos 80 até o Domingo de Banho de Mar à Fantasia definhou, apesar dos esforços de grupos carnavalescos e das campanhas da Rádio Gazeta, que checou a realizar concursos de “Rainha do Carnaval” nesse dia de folia.
Solitário, em termos de classe média, o bloco Filhinhos da Mamãe varou a noite desde 1983, frevando a partir de sua concentração no Museu Théo Brandão. E, sob o sol do domingo pré-carnavalesco, o Vulcão, bloco da PMAL, nunca deixou a rua.
Em 1986, por pressão do radialista e carnavalesco Edécio Lopes, surgia o “Meninos da Albânia”, em 1987, o “Pó de Giz” voltou à avenida. Nos anos seguintes, o pré-carnaval bombou com vários blocos e consoliou-se como evento permanente.
Esse espírito folião popular voltou a crescer no pré-Carnaval, com as polêmicas típicas de sempre, o que faz parte da festa. Viva o Carnaval! Viva o pré-Carnaval!!
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