10 de dezembro de 1936 – Eduardo VIII, Rei da Inglaterra, coroado em janeiro do mesmo ano, assina o termo de abdicação, renunciando ao trono do Reino Unido, o mais poderoso do mundo. A população britânica e o planeta ficam em perplexidade com algo tão inesperado. Mas a cúpula política londrina sabia muito bem o que se passava. A justificativa apresentada era que Eduardo recusara a coroa por amor, para poder se casar com sua namorada, Wallis Simpson, americana com dois divórcios na pochete, motivos pelos quais a corte considerava a moça imprópria para ser a rainha consorte.

Sim, Wallis era malvista, mas isso poderia ser resolvido. O que era insolúvel e não podia ser dito publicamente é que, às vésperas de uma guerra de resultado imprevisível, o Rei da Inglaterra fosse um simpatizante nazista. Dudu, com certa discrição, namorava o Nazismo, e a própria Wallis, enquanto senhora Simpson, privava da intimidade da representação diplomática germânica e era suspeita de ter tido um caso também com Joachim Von Ribbentrop, o mais poderoso diplomata do Reich, quando de sua temporada como embaixador da Alemanha em Londres. Nessa época, a jovem dama era casada com o empresário Ernest Simpson, seu segundo marido, e – pelos informes dos serviços secretos, inclusive o FBI, seria amante de Eduardo (então príncipe herdeiro) e teria, simultaneamente, um caso com o embaixador nazista.

Enfim, em 10/12/1936, Eduardo deixou de ser o oitavo rei britânico com esse prenome e se tornou o Duque de Windsor, com o compromisso adicional de deixar a Inglaterra em férias perpétuas. Casou-se com Wallis, que havia se divorciado de Ernest, e viveram no fausto o resto de suas vidas. Em outubro de 1937, já residindo na França, Eduardo e Wallis foram à Alemanha visitar Adolf Hitler. Nas fotos do encontro, o casal sorridente aparece sendo recebidos pelo Führer em várias cenas, o que chocou a opinião pública ocidental.

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