Um desafio monumental
Ao longo das últimas décadas o leitor amigo foi bombardeado pelos mais diversos conceitos (todas exógenos) sobre a melhor forma de um negócio ser bem conduzido, obter amplo sucesso no seu mercado e a admiração do consumidor. Benchmarking (copiar o que deu certo em outras empresas sucesso e aplicá-los no seu negócio); Just-in-time (técnica de gestão e controle de mercadoria), Learning Organization (organização que aprende), turnover (rotatividade de pessoal), etc.
A “moda” agora é uma tal de circular economy (economia circular) e uma tal de enviromental, social and governement mais conhecida como ESG. Se essas duas siglas forem utilizadas conjuntamente pela empresa, dizem seus arautos e defensores, é “receita certa” para o sucesso e o reconhecimento corporativo pela comunidade vir acelerado (por que no mundo de hoje tudo acelerado, até esses conceitos que – daqui a algum tempo “sairão de moda”, como os anteriores, e vida que segue)...
Essas bobagens que algum guru americano (são pródigos em as inventarem) de tempos em tempos enfiam goela abaixo de certa gente cheia de teorias e títulos acadêmicos e nenhuma prática de rua (como se dizia antigamente, dos empresários que atuavam em seus negócios “farejando” as tendências populares e ajustando-as no dia a dia à demanda dos seus clientes) para que esses “experts” tupiniquins vendam a “novidade” ao staff das grandes empresas.
Que transformarão o novo lero em marketing e apenas isso (o exemplo da Braskem que se afirma uma empresa ESG, é exemplo acabado do que estamos afirmando: a empresa destrói uma capital de estado e “arranja” um titulo ESG mundial para pespegar em seu currículo e sair vendendo pro aí que é uma das 36 empresas globais selecionadas por um parceiro da ONU) (sic!).
Esses conceitos, quando chegam (porque nem sempre chegam) ao “chão da fábrica” ou à linha de frente das vendas, são até mesmo gozados, eis que as empresas de há muito os praticam (sem nomes pomposos em inglês) até melhor e com refinamentos que só a prática permite. E que os arautos do lero corporativo, não a possui. É só sair por aí e perguntar a quem está na linha de frente – e não no staff - das empresas...
E por que toda essa peroração? Simplesmente por que os dois conceitos modernosos aqui citados, economia circular e ESG, vendem o que não podem entregar. Simples assim. Como estamos caminhando inexoravelmente para o caos, alguns “iluminados” sabidos, estruturaram e estão vendendo para o mundo mais uma enganação. Que podem “ajudar” a controlar o problema climático (e outros problemas por que são atrevidos). Não podem.
Simplesmente porque o problema não é “controlável”. A velocidade implacável em direção ao abismo só aumenta e continuará, por que as pessoas e empresas que competem por esse mercado, não estão nem aí para o discurso – esse sim, mais autêntico - dos que estão de fato preocupados com o colapso da terra. O planeta de há muito suplantou a capacidade de absorver o excedente de produção de um sistema econômico que continua a crescer autonomamente (que nem ESG, economia circular ou outras bobagens irá pará-lo). Ponto.
O buraco é muito, muito mais embaixo. E somente quando se alcançar o fundo dele, quando todos os limites já tiverem sido extrapolados, é quando o sistema inevitavelmente irá colapsar. E parar.
Aí meus camaradas, é que o bicho vai pegar. Definitivamente. Visualizem o caos que vocês veem em filmes que abordam o tema do “fim do mundo” (embora no fim algum herói ou heroína o salve da tragédia). Será infinitamente pior que todos os filmes juntos.
Até lá o planeta vai continuar emitindo seus sinais (estão ai a vista de todos) de maneira cada vez mais perigosa para o homem e ameaçadora para a vida como um todo no planetinha azul.
Voltando: é preciso denunciar essas bobajeiras de conceitos corporativos “moderninhos” que só servem para tirar a atenção do mundo do que é o vital hoje: salvar a terra. E isso a cada dia que passa, está se tornando um desafio cada vez mais gigante.
Por que o sistema como um todo cresce acima dos limites
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