Condenada a 32 anos e 6 meses de prisão, Beatriz Karolayne da Silva Ferreira Amaro, conhecida como “Dama da Morte”, foi considerada culpada pelo assassinato brutal da adolescente Maria Vitória Conceição Leite, ocorrido em abril de 2020, em Maceió. O crime teria sido motivado por rivalidade entre facções criminosas.

Conforme as investigações, Maria Vitória foi levada por Beatriz a um local ermo ainda pela manhã, onde foi interrogada, torturada e executada. A jovem teria sido "julgada" por um chamado “tribunal do crime”, ligado a uma organização criminosa.

O interrogatório chegou a ser transmitido ao vivo para outros membros da facção. O corpo foi enterrado em uma cova rasa e encontrado cinco dias depois.

Além de Beatriz, outros dois réus também foram julgados no caso: Ewerton Bruno da Silva Bonfim, conhecido como “Pastel”, e Joiciele Ferreira da Silva. Ambos foram condenados a três anos de prisão por associação criminosa. Beatriz, por sua vez, recebeu pena de 30 anos pelo homicídio qualificado e mais 2 anos e 6 meses pelo crime de associação criminosa.

De acordo com a promotora Adilza Inácio de Freitas, Ewerton Bruno havia sido inicialmente denunciado como autor intelectual do homicídio. No entanto, ela solicitou sua absolvição dessa acusação, alegando que as provas indicavam sua participação como executor, e não como mandante. Joiciele foi absolvida do homicídio, mas o Ministério Público informou que irá recorrer da decisão.

Após a sentença, Joiciele deve cumprir pena em prisão domiciliar, por estar grávida e ser mãe de uma criança menor de 12 anos. Beatriz Karolayne e Ewerton Bruno seguem presos.