Maicol dos Santos, preso pelo assassinato de Vitória Regina, de 17 anos, alega que sua confissão foi forçada, baseado em promessas feitas por autoridades. Segundo ele, foram prometidas uma aposentadoria para sua mãe e um vale aluguel.

“Minha confissão foi baseada nos fatos que não só o delegado, mas como vários policiais e investigadores me induziram naquele momento [...] O secretário de segurança falou que a aposentadoria da minha mãe estaria garantida, que daria um vale aluguel pra ela”, diz Maicol em entrevista à TV Record.

Na época da confissão, o acusado declarou não saber que a jovem era menor de idade e afirmou ter tido um caso com a vítima há cerca de um ano. Ainda de acordo com ele, Vitória ameaçava contar do relacionamento para sua esposa. 

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirma que o caso foi concluído em abril, com o indiciamento de Santos. Um novo inquérito investiga o possível envolvimento de outras pessoas na ocultação do cadáver. A SSP garante que todos os procedimentos seguiram o Código de Processo Penal.

O CASO

O caso de Vitória Regina de Sousa, uma jovem de 17 anos, ganhou forte comoção nacional. A jovem desapareceu em 26 de fevereiro de 2025, após sair do trabalho em um shopping local e pegar o ônibus de volta para casa. 

Uma semana depois, em 5 de março, o corpo de Vitória foi encontrado sem vida em uma área de mata em Cajamar. A investigação identificou Maicol Antônio Sales do Santos como o principal e, inicialmente, único suspeito preso no caso. A polícia descreveu o acusado como obcecado por Vitória, tendo encontrado fotos dela e de outras jovens com características semelhantes em seu celular.

Foram encontrados três ferimentos por faca e material genético da vítima no carro de Maicol.