Alagoas
Condenado por estupro, influenciador Kel Ferreti tem pedido de liberdade negado pela Justiça
Defesa de Ferreti argumentava que a custódia era ilegal e imotivada

Kleverton Pinheiro de Oliveira, o Kel Ferretti, preso desde dezembro de 2024, teve o pedido de habeas corpus negado pela Justiça de Alagoas, nessa quinta-feira (29). O influenciador digital está recluso no sistema prisional alagoano pelo crime de estupro de vulnerável, tendo sido condenado a 10 anos em regime inicial fechado.
A defesa de Ferreti argumentava que a custódia era ilegal e imotivada. No entanto, o desembargador considerou que a prisão foi justificada por elementos concretos, como a extrema violência do ato praticado contra a vítima e o risco à ordem pública, decorrente de outro processo criminal pendente contra o influenciador.
Na decisão, o desembargador relator salientou que a concessão de liberdade em caráter de urgência é medida excepcional e concluiu que, ao contrário do alegado pela defesa, foram apresentados argumentos concretos para a manutenção da custódia cautelar. O magistrado afirmou que as condições subjetivas favoráveis do réu, por si só, não são suficientes para revogar a prisão cautelar, conforme entendimento.
O desembargador também explicou que a concessão de liberdade em caráter de urgência é medida excepcional. "Posto isso, por não identificar os requisitos essenciais ao provimento provisório, NEGO A LIMINAR REQUERIDA, voltando a manifestar-me para apreciação meritória do writ após o envio de informações do Juízo a quo, bem como posteriormente à manifestação da douta Procuradoria Geral de Justiça".
SOBRE O CASO
O Ministério Público de Alagoas (MPAL) denunciou o ex-policial militar e influenciador digital Kel Ferreti por estupro contra uma mulher. O crime teria acontecido no dia 16 de junho de 2024, em uma pousada no bairro de Cruz das Almas, orla de Maceió.
Conforme o inquérito, a vítima teria conhecido Kel em um aplicativo de mensagens que divulgava jogos de apostas. Após conversas, os dois marcaram um encontro na pousada, local onde o crime ocorreu.
Nos dias seguintes, a vítima registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia Virtual e contou a situação para dois colegas, sendo instruída a buscar ajuda na Sala Lilás. “Cinco dias depois do fato, a vítima foi até o Hospital da Mulher para ser atendida, e chegou a mandar para o denunciado fotos do estado dela após o ato sexual agressivo, ao que o denunciado afirmava que ela devia 'pôr gelo no local' e que ele era 'policial', de forma que já tinha 'batido muito em bandidos e que sabia a força que usava', desprezando, então, o relato de violências por parte da vítima”, consta no inquérito.
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