A jornalista Géssika Costa, reconhecida por sua atuação em causas sociais e no movimento negro, foi alvo de um ataque misógino nas redes sociais após criticar, em uma postagem, a situação dos bairros de Maceió afetados pela mineração da Braskem. O agressor, identificado como o radialista e professor Rodrigo Veridiano, usou termos ofensivos e de cunho sexual para responder à publicação da jornalista.

Entenda o caso

O incidente ocorreu após Géssika comentar em uma postagem que enaltecia a árvore de Natal instalada pela prefeitura na orla da capital alagoana. A jornalista questionou: “Tá, mas a sua cidade também afunda?”, em referência ao afundamento dos bairros provocado pela extração de sal-gema pela mineradora Braskem.

Em resposta, Veridiano escreveu:

“Afundar um pepino em você. Energúmena, se informe cara de rato [...]”.

Repercussão e solidariedade

O ataque gerou grande repercussão e indignação, especialmente entre jornalistas e entidades de classe. O Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal) divulgou uma nota de repúdio, defendendo Géssika e condenando o comportamento do radialista.

Na nota, o Sindjornal destacou:

“A falta de argumentos revela uma faceta de preconceito que merece todo o nosso repúdio como categoria e como seres humanos. As redes sociais não podem e nem devem servir de palco para promoção de qualquer tipo de violência”.

Posicionamento da jornalista

Géssika afirmou que não permitirá que o ataque seja tratado como algo banal e anunciou que registrará um boletim de ocorrência contra Rodrigo Veridiano.

“A violência de gênero, de qualquer tipo, não pode ser normalizada, minimizada ou tratada como uma simples divergência de opinião”, declarou a jornalista.

Reforço na luta contra violência nas redes

O Sindjornal ressaltou a importância de combater ataques nas redes sociais, afirmando que o bom debate deve ser pautado por argumentos e respeito. A entidade reafirmou seu compromisso em proteger os profissionais de imprensa e promover discussões construtivas para a sociedade.