O influenciador Kel Ferreti, preso desde o dia 4 de dezembro durante a Operação Trapaça, teve outra prisão preventiva decretada pela Justiça de Alagoas nessa quarta-feira (18). A nova decisão, da 4ª Vara Criminal da Capital, atende a um pedido do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) e está relacionada à denúncia de estupro apresentada por uma mulher em junho deste ano.

Segundo o MPAL, a medida é fundamentada na garantia da ordem pública, na conveniência da instrução criminal e na aplicação da lei. Em nota, o órgão reafirmou o compromisso com a proteção da vítima e a responsabilização do acusado, garantindo ampla defesa e contraditório.

“Os promotores que atuam nesse caso garantem que não vão economizar esforços para buscar a responsabilização do autor do fato na forma da lei, de maneira que não haja estímulo a novos crimes e renovação de ilícitos dessa natureza”, afirmou o MPAL.

A denúncia de estupro foi acolhida pela Justiça, que determinou também o sigilo do processo. Caso Kel Ferreti seja condenado, a pena prevista varia de 6 a 10 anos de reclusão.

Defesa critica "espetacularização midiática"

A advogada de defesa, Graciele Queiroz, criticou o vazamento de informações, afirmando que o processo tramita em segredo de Justiça e classificou a divulgação do caso como "espetacularização midiática". A defesa do influenciador ainda não se pronunciou sobre a nova decisão judicial.

Entenda o caso

Kel Ferreti foi inicialmente preso por suspeita de lavagem de dinheiro envolvendo o "Jogo do Tigrinho", uma plataforma de apostas on-line considerada ilegal. Além disso, o influenciador é acusado de manter uma relação sexual com uma mulher mediante violência, resultando na nova prisão preventiva decretada pela Justiça.

A vítima, que terá a identidade preservada, relatou que conheceu Kel Ferreti por meio de um grupo de apostas e foi submetida a agressões físicas e psicológicas durante um encontro. A denúncia inclui provas como conversas de WhatsApp, laudos médicos e depoimentos.

A Operação Trapaça, conduzida pelo MPAL, investiga uma organização criminosa responsável por movimentações financeiras ilícitas associadas a jogos de azar.