O advogado e professor Welton Roberto, que por anos foi militante do Partido dos Trabalhadores (PT), anunciou nesta quarta-feira (25) sua desfiliação do partido. A decisão foi divulgada por meio das redes sociais e acontece em meio a polêmicas envolvendo o uso do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) pelo diretório estadual da legenda.

Welton Roberto afirmou que deixou o PT por não concordar com práticas adotadas pelo partido em relação aos recursos do fundo eleitoral. "Me incomodou saber que o PT recebeu uma verba de R$ 2 milhões nessas eleições municipais e, praticamente metade desses valores foram parar no escritório de advocacia do filho do presidente estadual do partido e a outra metade foi parar no escritório de contabilidade também ligado aos dirigentes partidários", declarou.

O advogado também criticou o tratamento dado a profissionais que trabalharam nas campanhas anteriores. "Vinte advogados que trabalharam na campanha de 2022 não receberam e foram esquecidos agora, nas eleições de 2024, quando o partido recebeu uma grande fatia do fundão eleitoral", desabafou.

Apesar de sua saída, Welton Roberto fez questão de frisar que sua decisão não envolve um julgamento moral ou ético sobre as ações do partido. "Práticas que não concordo. Não estou aqui julgando se éticas ou antiéticas, morais ou não. Mas das quais não concordo. (...) Continuarei na advocacia e no magistério trabalhando por uma sociedade menos desigual", concluiu.

Welton ganhou destaque no cenário político estadual no período pré-eleitoral ao ser cotado como possível vice-prefeito na chapa de Rafael Brito.