A dengue avança de forma preocupante em Alagoas. Segundo o boletim epidemiológico mais recente da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), divulgado no dia 6 de agosto, 597 novos casos da doença foram confirmados em apenas uma semana. O número total de casos suspeitos notificados em 2024 já chega a 19.833, dos quais 11.441 foram confirmados. Além disso, 898 novos casos suspeitos estão em investigação, aguardando confirmação ou descarte.

Até o momento, Alagoas já registra 13 óbitos confirmados por dengue, distribuídos em cidades como Atalaia, Viçosa, Porto de Pedras, Rio Largo, Maceió, União dos Palmares, Murici, Craíbas, Teotônio Vilela e Arapiraca. Outras 21 mortes ainda estão sob investigação em municípios como Boca da Mata, Porto Calvo, Piaçabuçu e São José da Laje, entre outros.

Identificação e Tratamento

A dengue é uma doença febril aguda que pode se manifestar de forma sistêmica e debilitante. Embora muitos pacientes se recuperem, alguns podem evoluir para formas graves da doença, o que pode levar ao óbito. A quase totalidade dessas mortes pode ser evitada com assistência médica adequada e um sistema de saúde bem organizado.

Segundo especialistas, qualquer pessoa que apresente febre repentina entre 39°C e 40°C, acompanhada de dois ou mais sintomas como dor de cabeça, prostração, dores musculares ou articulares, e dor atrás dos olhos, deve buscar atendimento médico imediatamente. A fase mais crítica da doença ocorre com o declínio da febre, geralmente entre o terceiro e o sétimo dia, quando sinais de alerta podem indicar uma piora no quadro clínico.

Os principais sinais de alerta incluem dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos no corpo, hipotensão postural, letargia, aumento do tamanho do fígado, sangramento de mucosas e aumento progressivo do hematócrito. A presença de qualquer um desses sintomas requer atenção médica urgente, pois a doença pode evoluir para formas graves, caracterizadas por extravasamento grave de plasma, hemorragias severas ou comprometimento de órgãos, o que pode resultar em óbito.

Grupos de Risco

Todas as faixas etárias estão igualmente suscetíveis à dengue, mas certos grupos, como mulheres grávidas, lactantes, crianças menores de dois anos e pessoas com mais de 65 anos, têm um risco maior de desenvolver complicações graves. O cuidado com a saúde desses grupos é essencial para evitar a progressão da doença.

A Sesau reforça a importância da prevenção, destacando a necessidade de eliminar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, em todos os ambientes, especialmente em um período de alta incidência como o atual.

*TNH1