Em uma operação realizada na quinta-feira (20), agentes da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) prenderam um contador de 57 anos, que não teve o nome revelado, no bairro de Ponta Grossa, em Maceió. O homem é suspeito de fazer parte de uma organização criminosa especializada na falsificação de documentos.

O caso ganhou notoriedade devido ao inusitado método utilizado pelo suspeito para evitar uma condenação: falsificar a própria Certidão de Óbito. Segundo o delegado Igor Diego, responsável pela operação, o suspeito estava respondendo a um processo na Justiça Federal por recebimento indevido de benefícios do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Na tentativa de encerrar o processo, ele apresentou uma certidão de óbito falsa, alegando sua própria morte. “Ele foi longe demais ao falsificar a própria morte para escapar da Justiça”, declarou o delegado.

A fraude foi descoberta quando a Divisão de Combate à Corrupção (Deccor) da Dracco verificou a autenticidade do documento e constatou que ele era falso. A partir daí, as investigações aprofundaram-se sobre a atuação criminosa do contador.

Além do caso envolvendo a Certidão de Óbito, a polícia revelou que ele operava sob múltiplas identidades, utilizando documentos falsos para aplicar golpes, principalmente em esquemas de estelionato. "Ele usava nomes diferentes e criava empresas fantasmas, ampliando o leque de crimes que cometia, que vão desde falsidade ideológica até a falsificação de documentos públicos e privados", explicou o delegado Igor Diego.

O Suspeito tem um histórico criminal extenso e registros de processos tanto na Justiça Estadual quanto na Federal, envolvendo crimes como falsidade ideológica, uso de documentos falsos e criação de empresas de fachada.

Após a prisão, o contador foi conduzido ao Sistema Prisional de Alagoas, onde permanecerá à disposição da Justiça. O delegado Igor Diego destacou que a operação foi um passo crucial para desmantelar a rede criminosa à qual o suspeito está associado.