O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), através do Gerenciamento Costeiro (Gerco), realizou uma expedição na última segunda-feira (8) para avaliar os impactos do branqueamento dos corais na Piscina do Amor, situada na enseada de Pajuçara. Este fenômeno, que ocorre devido ao aquecimento excessivo do mar, tem preocupado especialistas pela ameaça que representa à biodiversidade marinha.

"É preocupante que as espécies que se encontram em maior profundidade também tenham apresentado branqueamento", disse Juliano Fritscher, consultor ambiental do IMA e responsável pelo monitoramento durante a expedição.

O branqueamento dos corais não apenas os torna mais vulneráveis a doenças e fome, mas também impacta negativamente a economia e o turismo local. "Quando os corais morrem, isso afeta a qualidade da água e a beleza cênica, prejudicando os passeios de mergulho, que são fundamentais para o turismo local", ressaltou Selefe Gomes, Superintendente de Prospecção de Negócios Turísticos da Setur.

A parceria entre o IMA, a Setur e a Biofábrica de Corais visa apresentar um plano para mitigar os efeitos desse processo na costa alagoana. Rudã Fernandes, CEO da Biofábrica dos Corais, alertou que este fenômeno, que já causou até 90% de mortalidade de corais em algumas localidades entre 2019 e 2020, está se intensificando na região da Costa dos Corais.

"Se considerarmos uma mortalidade média de 50% no evento de 2020, caso essa taxa seja mantida, uma população inicial de 100 colônias seria reduzida a 25% neste período", explicou Fernandes.