Alagoas concluiu o ano de 2023 com a realização de 89 transplantes de órgãos no estado. Desse total, conforme dados da Central de Transplantes de Alagoas, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), foram executados 79 procedimentos de córnea, sete de fígado e três de rim.

Para Daniela Ramos, coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, esses números refletem a eficácia do programa de captação de órgãos do estado e a conscientização da população sobre o procedimento. Ela destaca que, embora o ato de declarar-se doador de órgãos seja nobre, sua efetivação depende da autorização da família.

"A conscientização da população é de fundamental importância para reduzir mitos e medos em torno desse gesto. O papel dos familiares é essencial, pois apenas eles podem autorizar a doação. Assim, a pessoa que deseja doar deve comunicar à família, conscientizando-a sobre a relevância da doação de órgãos", explicou.

Entre os beneficiados pelos transplantes em Alagoas está Maria Lúcia da Silva, aposentada de 72 anos, que recebeu um novo fígado por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Diagnosticada com cirrose hepática, Maria Lúcia recebeu alta no final de outubro e expressou sua gratidão: "Espero que mais pessoas entendam a importância da doação de órgãos. Esse gesto de amor é capaz de salvar muitas vidas."

O secretário de Estado de Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, ressaltou a relevância do SUS nos transplantes de órgãos, destacando o potencial ainda maior se a taxa de recusa familiar diminuísse. "A conscientização sobre o transplante é crucial", enfatizou o gestor.

Atualmente, 506 pacientes aguardam na lista de espera por transplantes em Alagoas, sendo 461 para córnea, seis para fígado e 41 para rim. Daniela Ramos esclareceu que a lista única não diferencia entre pacientes de instituições públicas e privadas, seguindo critérios técnicos sem benefícios particulares.

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