Alagoas

Cultura

Cineastas em Alagoas transformam desastre socioambiental em narrativas audiovisuais

Por Redação com site* 16/12/2023 12h12
Cineastas em Alagoas transformam desastre socioambiental em narrativas audiovisuais

Câmeras em mãos, cineastas alagoanos transformam o desastre ambiental ocorrido nos últimos cinco anos em Maceió, causado pela extração mineral de sal-gema pela petroquímica Braskem, em narrativas audiovisuais poderosas. O cenário desolador, com afundamento do solo, rachaduras em imóveis e desespero entre os moradores de cinco bairros, é agora registrado e denunciado por meio de um filme que mistura a realidade documentada com ficção.

Um dos realizadores é Octávio Lemos, diretor do documentário "Histórias do Subsolo", em fase final de produção. O filme aborda a implementação da exploração de sal-gema pela petroquímica na década de 1970, durante a ditadura militar. Lemos destaca que o projeto visa evitar o apagamento da memória e sensibilizar o país para as histórias das milhares de pessoas afetadas.

Luíza Leal da Cunha, optou por uma abordagem de ficção com o filme "Rachadura", inspirado nos eventos do bairro Pinheiro, onde reside. A trama conta a história de uma mulher que, após um pesadelo com tremores, descobre uma cratera gigantesca na frente de casa. O filme, previsto para o próximo ano, explora as consequências emocionais e pessoais do desastre ambiental.

Henrique Cavalcanti, nascido e criado no bairro Pinheiro, dirigiu o curta "Rota de Fuga". Gravado nos bairros afetados, o filme mostra a relação entre um filho e um pai com Alzheimer, impactados por um desastre ambiental. O lançamento está previsto para meados de 2024.

A fotógrafa Andréa Guido atuou como consultora para os filmes e também registrou, por meio de suas fotografias, a indignação das famílias removidas. Ela destaca a desconfiguração completa do bairro e a importância de registrar a história para que não seja esquecida.

Apesar das ações da Braskem para mitigar os impactos, os cineastas buscam, por meio de suas obras, dar voz às comunidades afetadas e manter viva a memória do desastre ambiental em Maceió.

*agenciabrasil.ebc.com.br

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