Alagoas
Crack, maconha, álcool e tabaco fazem crescer em 10% número de dependentes químicos em AL
Aumento foi registrado no 1° semestre de 2021; 26 de junho é o Dia Internacional de Combate às Drogas
Crack, maconha, álcool e tabagismo são os responsáveis pelo aumento de 10% no número de dependentes químicos nos primeiros seis meses do ano, em Alagoas, comparado ao mesmo período de 2021.
De janeiro a junho deste ano, foram feitos 2.343 encaminhamentos para comunidades terapêuticas da Rede Acolhe no estado. Deles, 2.150 homens, 90 mulheres e 102 adolescentes, de anos os sexos. No mesmo período do ano passado, deram entrada nas comunidades terapêuticas 2.123, de um total de 4.505 ao longo de todo 2021.
Os dados são da Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev). A coordenadora do Centro de Acolhimento de Maceió, Julyana Gomes, explica que a dependência em uma ou mais substâncias costuma estar associada a uma somatória de fatores, como biológicos, comportamentais e sociais.
Ela explica que cada substância provoca impactos em diferentes graus no ser humano e alerta para os diversos efeitos colaterais decorrentes da dependência e do consumo indevido também de álcool e outras drogas.
“Há uma série de consequências na vida do dependente químico que podem afetar completamente a sua rotina: faltar o trabalho, perder o interesse em atividades que antes lhe davam prazer, isolamento social - começando com o afastamento de familiares e amigos, o endividamento decorrente da aquisição de entorpecentes, o que muitas vezes leva a pessoa a se desfazer de bens como casa e carro, além das consequências físicas como lesão no fígado, destruição de neurônios, desenvolvimento de doenças psiquiatrias, entre outros”, relata a coordenadora.
Jeová Marcelino, de 41 anos, é um grande exemplo de quem superou esses riscos com a ajuda profissional da Rede Acolhe. Após seis meses de tratamento contra o abuso de álcool, ele participou do curso de frentista oferecido pela Seprev e agora está empregado em um posto de gasolina de Maceió.
Recentemente, ele ingressou no curso de salgadeiro do SENAC, também por meio da Seprev, e vê na formação uma oportunidade de abrir seu próprio negócio.
“Para mim, que gosto de cozinhar, esta é uma ótima oportunidade. Meu pensamento agora é trabalhar muito, principalmente na cozinha, e já estou com um projeto para abrir um negócio de salgados fritos. Agradeço a Deus e ao Governo de Alagoas, que por meio da Seprev está nos ajudando a ter uma vida saudável e uma postura melhor na sociedade”, comenta o ex-acolhido.
Busca por tratamento
É possível combater a dependência e abandonar o vício, mas para isso é necessário entender as questões individuais que levam ao consumo de drogas e oportunizar o tratamento adequado.
“Este aumento no número de encaminhamentos de dependentes químicos para tratamento em uma das comunidades acolhedoras da Rede Acolhe representa o fortalecimento das Políticas sobre Drogas nos últimos anos em Alagoas, sobretudo no que se refere aos investimentos feitos pelo Governo do Estado e o conhecimento da população sobre os riscos do consumo de álcool e drogas”, enfatizou o titular da Seprev, Kelmann Vieira.
Para quem busca tratamento em uma das comunidades acolhedoras credenciadas ao Governo de Alagoas o atendimento pode ser feito em um dos três Centros de Acolhimento, que ficam em Maceió, Arapiraca e Santana do Ipanema, ou agendando uma visita das equipes técnicas pelo número 0800.280.9390.
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